quarta-feira, 24 de agosto de 2016

ANA CABECINHA E PAULO MURTA - O REGRESSO E A HOMENAGEM - 23-08-2016


Numa pequena aldeia do interior com um nome muito original, Pechão, nasceu em Junho de 1949 um clube, o Clube Oriental de Pechão. Nesse clube pontifica uma direcção, liderada pelo Vladimiro Sousa, interessada pelo desenvolvimento do desporto no Algarve e nesse clube sobressai um homem, um olhanense, o treinador, o pai, o psicólogo, o amigo, de dezenas de atletas, o grande Paulo Murta. Esse homem forma atletas, molda caracteres, burila músculos, fortalece corações. Das suas miraculosas mãos, da sua competência, nasceu uma enorme atleta, 32 anos de idade, 1,66m de altura, 48 quilos de peso, 1 tonelada de modéstia, simplicidade e simpatia. Foram 20 anos de treinamento, de que resultou ao longo dos tempos, resultados meritórios. Foram dois 8ºs lugares nos Jogos Olímpicos de Pequim e Londres, um 4º lugar, em 2015, nos campeonatos do mundo em Pequim nos 20km marcha, uma medalha de bronze de juniores nos campeonatos da Europa na Finlândia, recordista nacional dos 3.000 metros em pista coberta, e, finalmente, o 6º lugar a 16 de Agosto, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Esta classificação é só a melhor jamais conseguida por uma atleta feminina da marcha nos Jogos Olímpicos. Foi esta mulher que hoje foi recebida na sua terra adoptiva (ela nasceu no Alentejo), em glória, pelos seus familiares e amigos que sempre acreditaram nela. Foi esta mulher que ouviu palavras de carinho do Vladimiro Sousa, do Presidente da Junta, Paulo Salero, do Presidente da Câmara, António Pina e do Vice-Presidente da Associação de Atletismo, José Luís de Sousa. Foi esta mulher que, comovida, agradeceu as homenagens, sintetizou os esforços que fez para atingir tal nível (a 6ª melhor do mundo), agradeceu o apoio da Câmara Municipal e obrigou uma lágrima furtiva, a despontar dos olhos do seu treinador, quando o apelidou de pai, amigo, psicólogo. 
O Paulo Murta elucidou-nos sobre os esforços que produziram os resultados conhecidos, os 13 treinos semanais da Ana e, homem de coração ao pé da boca, denunciou e bem, as opiniões de um pasquim que prolifera na nossa praça e que de jornal só ostenta o nome. Denunciou a forma desprestigiante como foi referido o honroso 6º lugar. Denunciou a notícia de que os atletas foram passar férias ao Brasil. Denunciou a informação tendenciosa e falsa do custo de 15 milhões que uma única medalha custou ao país. O miserável pasquim, como cloaca que é, desde há muito que se tornou um local de frequência pouco recomendável. O simples toque no papel, provoca, como diria a minha avózinha, brotoeja, pelo que quando mais longe se estiver de tal lixeira, melhor para a sanidade mental dos leitores.
E no final partiu-se o bolo.
PARABÉNS ANA CABECINHA E PAULO MURTA.
Fotos AQUI.

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